It’s been a long lonely lonely time…

Hoje faz um mês que o copain chegou à Montreal. E, em cinco dias, fará um mês que eu voltei. It’s not easy. At all. A minha rotina ajuda um bocado a não pensar nisso, em especial as mudanças por que estou passando no trabalho. Estou com a cabeça à mil, mas em dias como hoje, quando as pessoas compartilham notícias felizes, eu fico melancólica. He’s so far away. Alguém conhece uma maneira de acelerar o tempo?

No final de semana ele conhecerá Québec. Uma Québec diferente da minha, pois, ao contrário do calor úmido que encontrei, ele vai encontrar temperaturas próximas de 6 graus. Ao menos assim diz a previsão do tempo para o final de semana.

Por aqui, nada muda. O calor só aumenta e nada de processo de imigração recomeçar. Eu nem sei se isso é bom ou ruim, afinal, ainda não tenho nenhum documento traduzido, e o copain vai precisar providenciar outros quando chegar. A palestra do BIQ não trouxe muitas novidades: pareceu praticamente uma palestra encomendada pela UdeM (o que não foi de todo ruim). Mas o foco deles, neste momento, não me parecem os trabalhadores e sim os estudantes, pagando as gordas mensalidades dos estrangeiros.

Palestras do BIQ

Boa tarde, pessoal!

Acabei de receber em meu e-mail um convite para as palestras do BIQ que começam hoje aqui em São Paulo e vão até segunda-feira. Ainda há vagas para todas as sessões. Eu me inscrevi na desta noite mesmo, no SENAC da Consolação. Sei que em geral essas palestras se repetem, mas quem sabe há alguma atualização sobre a abertura do processo ou as modificações que eles pretendem implementar, não é mesmo?

O link para se inscrever é este aqui: http://www.immigration-quebec.gouv.qc.ca/pt/biq/mexico/palestras/index.php.

BIQ

C’EST INCROYABLE!

Por favor, alguém aí me belisca? Eu só posso estar sonhando… Vocês aí também estão vendo o mesmo que eu?

tcfq

Eu GABARITEI a prova de compreensão oral (e ainda veio um C1 de lambuja na expressão)!

Mais 13 pontinhos assegurados!

Curso de Imersão II: o BLI de Montréal

Lembram que eu comentei num post lá atrás que no BLI de Québec havia muitos suíços? Pois bem, no de Montréal imperavam os latinos. Mexicanos, colombianos, venezuelanos, BRASILEIROS… A princípio você pode pensar que isso é um problema. Eu achei que seria, mas aconteceu justamente o contrário. A vantagem é que aquele povo todo está ali por um mesmo motivo: imigrar. E, por isso mesmo, on voulait parler français québecois. Le plus possible.

Novamente passei pelo acolhimento (toca acordar mais cedo) e já nesse momento conheci um americano que seria meu futuro colega de classe. Foi o americano com sotaque menos escancarado que já ouvi na vida! Interessante que me colocaram numa turma do B2 (eles não tinham nenhuma turma aberta do C1 na unidade de Montréal), mas foi a turma perfeita pra mim: pequena e entusiasmada. Éramos um casal venezuelano tentando a imigração, uma colombiana casada com um rapaz que já tinha a residência permanente, um soldado americano e eu. E ainda que todos falássemos espanhol, três falassem inglês, e duas falassem português, todas essas línguas eram deliberadamente ignoradas em prol do francês.

No BLI de Montréal as aulas da manhã era divididas em duas: uma de gramática, ministrada por uma francesinha super sorridente, e outra atrelada ao livro Alter Ego 4, cuja responsável era minha professora preferida. À tarde eu tinha duas aulas com outra professora, uma de expressão oral e outra de redação.

Na aulas de gramática nenhum conteúdo novo, mas era legal a forma de a prof lidar com isso. Quando dizíamos que já sabíamos alguma coisa, elas pedia que explicássemos aos demais, e isso acabava sendo uma boa forma de exercitar um francês um pouco mais complexo. A aula do livro acabava nunca sendo com o livro. Por quê? Porque o conteúdo era extremamente francês e aí a professora em questão aproveitava o tema e trazia um correspondente québecois. Essa prof era bem engraçada e respondia bem a nossa demanda pela cultura québecoise, sobre a situação do país, dos imigrantes… Bacana mesmo. Fora que foi com ela que eu finalmente conheci o Les Cowboys Fringants (putz, será que é assim que se escreve?)

A aula de conversação em Montréal foi infinitamente melhor que a de Québec e também bastante divertida. É a vantagem da turma pequena. Simulamos entrevistas de emprego, debatemos temas polêmicos. E o francês foi saindo numa boa, cada vez mais tranquilo, mais natural (mas sem perder meu accent brésilien). A última aula era de redação (droga!) e nada tenho a comentar.

Finalmente, acho que o esforço e o dinheiro empregados (quase mil doletas canadiennes, por aulas e hospedagem, sem contar a viagem e a alimentação) valeram a pena pra mim. Senti que finalmente destravei no francês e agora estou rezando para não ter um piripaque no dia do TCF (comentário pós-TCF: je n’ai pas paniqué).

À bientôt!

Curso de imersão: o Bouchereau Lingua International

Bonjour, bonjour! Comment allez-vous? Depois de quase perder a refeição por causa do sono, eis que minha velha amiga insônia decide me fazer companhia. Voilà, on se réveille. E, nesse post que escrevo do avião mas vocês só lerão daqui a alguns dias, tecerei meus comentários sobre o intensivo de francês que je viens de finir.

A imersão vale a pena? Para responder a essa pergunta é preciso fazer uma outra: qual é o seu objetivo? Acho que o ponto alto da imersão é a aquisição de vocabulário, o que em geral nem vem do curso, mas da vivência no novo país. Você acaba aprendendo vocabulário por osmose, sei lá… Mas o curso também ajudou, em especial o período em Montréal.

Começando do começo: o curso em Québec. No primeiro dia, tive de chegar mais cedo e fui colocada numa salinha com outros recém-chegados para fazer um teste de nível (pô, mas então porque diabos eu tinha feito um teste pela internet antes?) Também iam fazer a entrevista de novo, daí eu disse que já tinha feito e foram perguntar pra coordenadora que confirmou o que eu tinha dito. Bora pra aula. E foi aí que eu dei azar (ou talvez tenha sido sorte).

Quando eu finalmente, depois de anos estudando francês, sou classificada para o nível avançado, o que acontece? Le prof est malade. Resultado: em uma semana de aulas tive cinco professores diferentes. Não posso reclamar do conteúdo das aulas em si, acho que realmente eram de nível avançado e cheguei inclusive a estudar coisas inéditas para mim. Pra quem é obrigada a estudar pela milésima vez o discurso indireto toda vez que troca de escola, isso é fantástico. O problema é que a ênfase desta primeira semana foi na linguagem escrita, que é o que menos importa pra mim nesse momento, uma vez que já consegui os pontos de que precisava. Se eu estivesse prestes a fazer uma prova onde a redação era o essencial, teria achado tudo ótimo.

É preciso comentar a divisão das aulas, que era similar nas duas unidades, porém não idêntica: em Québec tínhamos a aulas de gramática no período da manhã. Devia ser baseada no livro Alter Ego 5, mas só um dos professores utilizou o livro. Esse é o motivo pelo qual eu não recomendo alugar ou comprar o material para cursos de menos de um mês. É preferível baixar o livro no Scribd ou acompanhar com um colega.

À tarde tínhamos uma aula de expressão oral (junto com os alunos do nível B2) que apesar de muito divertida, não sei se realmente ajudava a desenvolver a fala. Em geral eram joguinhos, teatrinhos. E eram sempre os mesmos alunos que se dispunham a falar. Mas falávamos alguma coisa, isso eu não posso negar. Por último tínhamos uma aula pra aprimorar uma competência específica (ao menos assim dizia o site da escola), mas apesar de eu ter dito na entrevista que gostaria fazer as aulas de conversação, fui colocada numa turma de “projeto especial”, que na minha opinião voltou a focar na redação. A sensação que tive é que tinha poucos alunos matriculados nessas aulas extras, então eles tentavam adaptar a aula pra atender todo mundo de uma vez…

O suporte em expressão oral que eu não tive nas aulas foi suprido pelos almoços com estrangeiros e pela convivência com a minha famille d’accueil, onde eu falava francês o tempo todo. Em Québec também é mais difícil ouvir ouvir outras línguas estrangeiras, a não ser que você esteja no centro histórico. E como este post já está gigante, conto sobre Montréal amanhã.